Hoje em dia é comum ouvirmos as pessoas, em suma maioria, mais velhas dizerem: ''Mas no meu tempo o futebol era mais competitivo...''; ''No meu tempo existiam cantores mais talentosos...''; ''No meu tempo os livros eram mais bem escritos...''; Já hoje em dia... A impressão que se têm é que na mesma proporção em que a tecnologia progride, o lado humano regride. Existe essa relação? Porque não temos mais escritores como Vinícius de Moraes? Porque não temos mais pilotos como Ayrton Senna, cantoras como Elis Regina ou poetas como Fernando Pessoa? Por outro lado, vemos a tecnologia nos mostrar o quanto era arcaico uma vitrola. Há muito me indago o porque do ''desajuste'' dessa balança. Somos cada vez mais práticos, pró ativos, interativos, tecnológicos, antenados, conectados, mas a que preço? É claro que o avanço se faz necessário com o passar dos anos. No âmbito da saúde por exemplo, temos avanços indispensáveis na prevenção e combate de inúmeras doenças. Mas o que dizer de pessoas que alegam que viviam com mais ''qualidade'' em tempos passados? Será então que só criamos defesa para combater apenas aquilo que o homem moderno criou? Estresse, depressão, a dependência química e etc...
Temos inúmeros recursos a nossa disposição mas é pertinente afirmarmos que carecemos de uma qualidade de vida melhor? De que adianta um fogão que praticamente cozinha para nós se o alimento é quase que cem por cento industrializado e em muitas vezes o seu paladar não corresponde ao mesmo? Será por isso então que a comida da saudosa vovó era sempre melhor? O que lhe da mais prazer? A praticidade de um E-book ou o amarelado das páginas de um bom e velho livro? A tecnologia é de fato indispensável, mas nos torna menos ''humanos''? Há tempos não sei o que é dar um abraço afetuoso em um amigo aniversariando pois é muito mais fácil lhe dar uma ''curtida'' em uma rede social. A tecnologia nos afastou ou nos aproximou? São inúmeros os questionamentos... E ai? O que você acha dessa balança?
Nenhum comentário:
Postar um comentário